A APAS Floresta tornou-se parceira da Celpa - Associação da Indústria Papeleira, na promoção da nova iniciativa “Limpa e Aduba”, promovida pela mesma ao abrigo do Projeto Melhor Eucalipto.
O objetivo desta iniciativa é apoiar os proprietários e produtores florestais que promovam uma gestão efetiva dos seus povoamentos, nomeadamente que promovam a gestão dos combustíveis e uma adequada seleção de varas, de acordo com as boas práticas florestais. Em contrapartida a Celpa oferece o adubo e o serviço da adubação.
Em termos de boas práticas convém salientar:
- A limpeza de vegetação espontânea deve ser realizada na entre-linha e na linha de plantação.
- Caso opte por uma gradagem na entre-linha essa deve ser efetuada no outono anterior à adubação uma vez que a gradagem promove a destruição as raízes superficiais e reduz o aproveitamento do adubo a aplicar.
- Se optar na limpeza na linha de plantação pela aplicação de um químico, dever respeitar os requisitos legais a este tipo de intervenção.
O projeto arrancou em finais de 2018 (para realização de adubações na primavera de 2019) em 3 regiões do Pais: Centro Litoral, Centro Interior e Sul Litoral.
Na região do Oeste, Litoral Centro e zona do Ribatejo (acima do Rio Tejo) está previsto arrancar este ano, 2019, para adubações na primavera de 2020.
Os critérios de elegibilidade das candidaturas, associadas às áreas a intervir, são as seguintes:
- Povoamentos puros de eucalipto em áreas com aptidão para esta espécie;
- Idades entre 2 a 6 anos e até uma 3ª rotação (plantações ou talhadias)
- Área mínima de 0,25ha e máxima de 25ha por proprietário/ano. Existe uma majoração para os 50ha caso o proprietário seja certificado ou pretenda aderir a um processo de certificação (pode contar com o apoio da APAS Floresta gestora de um grupo de certificação florestal);
- Caso o método de controlo de vegetação seja com recurso a grades florestais, essa operação terá que ser realizada no outono/inverno anterior (setembro a dezembro) para que se possa adubar na primavera seguinte (devido à destruição das raízes superficiais).
- Mínimo de 800 toiças/ha.
- Áreas sem condicionantes à fertilização
- Áreas sem fortes ataques de gorgulho-do-eucalipto
Todas as áreas serão previamente validadas pela Celpa no terreno.
Com este apoio os proprietários e produtores florestais estarão a contribuir para uma melhoria da gestão efetiva dos espaços florestais, para o aumento das produtividades das florestas de eucalipto (expectativas de acréscimos médios de volume na ordem dos 20m3/ha ou seja mais madeira na mesma área), e para a redução do risco de incêndio florestal.
No caso de áreas ardidas no fogo de Junho de 2017, apesar de na primavera de 2019 os povoamentos ainda não terem atingido os 2 anos, existe possibilidade de se candidatarem a este apoio, uma vez que na sua maioria a rebentação pós o fogo foi muito forte e o desenvolvimento da rebentação poderá permitir a sua seleção e, assim as áreas virem a ser adubadas (mediante prévia avaliação da Celpa).
O projeto irá ter um período de implementação no terreno durante 6 anos (2019-2024). Durante esse período os proprietários podem-se candidatar anos seguidos, mas nunca pode haver repetições de áreas, ou seja, terão de ser áreas distintas.
Por considerarmos que este apoio é de extrema importância para a nossa floresta, estamos empenhados em colaborar com a Celpa na angariação de áreas potenciais, uma vez que este projeto irá contribuir para a gestão do combustível e consequentemente para a redução do risco de incêndio, bem como promoverá aumentos de produtividade, tornando a sua floresta mais rentável.
Agradecemos que os interessados comuniquem à APAS Floresta o seu interesse e as áreas que pretendem que sejam apoiadas, de forma a podermos compilar a informação a enviar à Celpa.
Aceda AQUI ao flyer de divulgação!