Estudo do Oeste

A. Objetivos

O objetivo central do projeto é responder à seguinte questão: por que é que alguns (muitos) proprietários florestais, com povoamentos de eucalipto, não aderem às práticas de gestão tidas como mais adequadas (definidas pelo código de boas práticas do ICNF / normas dos sistemas de certificação da gestão florestal)?

Na procura da resposta para esta questão, estabelecem-se os seguintes objetivos específicos (para um estudo na região do Oeste):

1. Breve caracterização dos povoamentos florestais de eucalipto (estrutura fundiária; produtividade potencial; nível de intervenção de gestão); e dos produtores de eucalipto (perfil técnico e sociodemográfico do produtor florestal).

2. Identificação das perceções, atitudes e práticas:

a) Quais as atitudes e práticas florestais atuais, custos e proveitos;

b) Quais os níveis atuais de conhecimento e de informação por parte dos produtores;

c) Qual o modelo de tomada de decisão sobre os investimentos e práticas de gestão.

3. Identificação da disposição a aderir a práticas florestais mais ativas:

a)  Como é que os proprietários percecionam a mudança de práticas de gestão;

b)  Qual a disposição a investir e a mudar as práticas de gestão;

c)  Identificar as condicionantes / barreiras à implementação das boas práticas;

d)  Como influenciar a decisão de adesão à certificação da gestão florestal.

B. Componentes do estudo

O estudo tem uma componente de investigação científica na temática das racionalidades económicas dos proprietários florestais, e focada especificamente nas restrições e disposição a mudar para uma gestão mais ativa nos povoamentos florestais de eucalipto e adesão à certificação da gestão florestal. E uma componente de desenvolvimento experimental relacionado com as medidas de estímulo à implementação das práticas florestais mais adequadas.

C. Tarefas do projeto e cronograma

Tarefa 0. Análise dos vários manuais de boas práticas e elaboração de uma síntese que constituirá a referência “boas práticas” para o estudo.

Tarefa 1. Levantamento de informação secundária: ocupação do solo (COS), cadastro rústico e florestal (IFN6). Existe cadastro georreferenciado dos proprietários florestais.

Tarefa 2. Delineamento experimental: escolha das freguesias do estudo (uma de Torres Vedras: Maxial; e outra de Rio Maior: Asseiceira) e definição da amostra dos povoamentos de eucalipto e respetivos produtores florestais, através de uma amostra aleatória por pontos. Decidiu-se não fazer qualquer estratificação da amostra, seja baseada numa avaliação de gestão florestal, seja em função da dimensão da propriedade (ou área florestal).

Serão selecionados apenas os proprietários com povoamentos de eucalipto (podendo não ser exclusivo). A unidade de inquérito será a “unidade de gestão homogênea”.

Tarefa 3. Elaboração e teste da ficha de inquérito. Incluir questões relacionadas com os custos; o preço da madeira e produtividade. 

Tarefa 4. Formação dos inquiridores. Envolvimento dos presidentes da Junta de Freguesia. Primeiro haverá uma reunião com os presidentes de Junta, depois será feito um contacto com os proprietários selecionados e, só depois, será marcado o encontro para a realização do inquérito.

Tarefa 5. Realização do inquérito, presencial, controlo de qualidade e construção da base de dados [ISA/INIAV/APAS Floresta]. 

Tarefa 6. Tratamento de dados e discussão dos resultados.

Tarefa 7. Relatório final do projeto.

Tarefa 8. Divulgação de resultados.

E. Equipa do projeto

Dois docentes do ISA (Maria João Canadas e Ana Novais) e um investigador do INIAV (Pedro Reis). Trabalho de elaboração e teste do questionário; seleção da amostra, a partir da informação fornecida pela APAS Floresta; formação dos inquiridores; coordenação e acompanhamento dos inquéritos no terreno; apuramento de resultados e elaboração do relatório final.

Os inquéritos aos proprietários/produtores florestais serão realizados pelos técnicos da APAS Floresta.

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